

Massimo Canievacci é um antropólogo italiano que vive à cerca de 30 anos em São Paulo, em uma entrevista para a UFSC, ele fala que em São Paulo descobriu que as pessoas precisam aprender a se "descongelar", isso significa, assumir a mudança em nossa identidade através do tempo.
Canevacci conta que a antiga Metrópole era dividida em religião, política e Indústria, e que o sistema impunha padrões só para a sociedade como conjunto mas também os próprios cidadãos de forma unitária, tudo era extremamente fixo e sem mudanças ou alternativas. Porém para a atualidade, ele utiliza o termo "Metrópole comunicacional", porque para ele, comunicação é experiência, e essa metrópole atual é uma metrópole que possibilita experiências, a cidade então deixa de ser fixa e se expande.



Diz que pensa nisso quando se recorda de uma certa vez que estava caminhando em São Paulo, ele morava na Frei Caneca, e andando por aí encontrou-se na Rua Augusta, na primeira vez que Massimo frequentou augusta ele não a conhecia e nem sabia que era uma rua importante, pois ele havia acabado de chegar em São Paulo, o antropólogo conta que ficou completamente impressionado e que começou a entender o Brasil e sua essência quando caminhou na por esta mesma rua, ficou completamente impressionado com a habilidade que a rua tem de se adaptar e se modificar de acordo com os horários e períodos do dia, diz também que uma coisa impossível de não se pensar é a alternatividade e a variedade de pessoas e informações que a Rua Augusta possui.
Assim, o mesmo descobriu que São Paulo é a contemporaneidade, disse que a partir daí começou a se encantar por esse complexo dessa mistura que é a grande São Paulo.
Ao pensar nessa teoria, que foi esclarecida no livro sincrétika de Massimo Canevacci e também nessa experiência que ele viveu na Rua Augusta, é Impossível não lembrar da variedade de pessoas que passam por este lugar, todas com sua devida identidade expressada através de suas roupas, trazendo para o assunto pesquisado, Old Style, vemos que o autor fala bastante sobre a influência, a expressão, as alternativas e variedades que temos quando se trata de assuntos de uma metrópole atual, engraçado perceber que em todos os horários e períodos do dia que fez o autor se encantar, o old Style está presente, pois é utilizado por todo tipo de pessoa, para todo tipo de tarefa, e uma das grandes qualidades e características desse estilo é justamente sua versatilidade.
Como o próprio autor diz em seu livro, é extremamente interessante percebermos os diversos códigos que uma mesma figura ou peça de roupa podem transmitir.
O antropólogo se encanta e diz que desde que conheceu este mundo começou a aprender a modificar a percepção e reparar em coisas pequenas e variadas, que normalmente são passadas como despercebidas, diz que aprendeu a gostar das mínimas diferenças e chamou esse mundo de "dimensão micrologica".
Este texto foi baseado nos livros "sincrétika"e " antropologia da comunicação visual" de Massimo Canevacci, e em uma entrevista que o mesmo deu á UFSC.