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Entrevista Especialista Publicidade

Fernanda Bellicieri. Graduada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Presbiteriana Mackezie, mestre e doutora pela mesma universidade no Programa de educação, Arte e História da cultura. É professora no Mackenzie desde 2002, lecionando as seguintes disciplinas: Produção audiovisual, Marketing esportivo e cultural.

O que levou você a escolher a área da Publicidade?

Meu primeiro princípio foi porque eu queria trabalhar com arte e não tinha campo nenhum, tinha medo de morrer de fome mesmo (risos), fazia teatro, já trabalhava com audiovisual… Toda essa parte assim. Só que: Que faculdade eu vou fazer? Então falei “Bom, publicidade é geral” e é até interessante no contexto do Brasil porque nós como publicitários acabamos aprendendo alguns mecanismos de viabilização, por exemplo, minha área que também é audiovisual, viabilização de filme para ter uma ideia; como eu viabilizo isso? Como eu monto uma peça de teatro… Começo a entender um pouco mais a parte publicitária e mercadológica que ajuda você como produtor cultural, como atrair o público que é o grande problema, não temos muita distribuição. A área de artes é complicada então acabei indo para a publicidade. Acabei indo pra marketing também, mas em função disso pois já trabalhava muito com criação na época, com teatro, com toda essa parte então foquei em algo mais voltada pro negócio. Acabei entrando na área e me descobri mais na pesquisa acadêmica, pois, gostava das coisas mais ‘rústicas’ e pra isso precisaria, ou entrar para a área da pesquisa e aliar a pesquisa acadêmica com produção artística, então eu caí na academia em função disso, produzindo com essa pegada de que 'o autor também produz, vai atrás'.

O que você acha que influência essa diversidade que temos na moda atualmente?

Em um centro como São Paulo as pessoas são muito diversas naturalmente, cada um tem uma referência, cada um traz suas características e a moda é mais do que só ‘fast-fashion’.  Nós consumimos dentro dos parâmetros, por mais padronizada que seja a moda, existe uma escolha, uma pegada própria. Você acaba mostrando sua identidade através da moda e as identidades são muito diversas,  você anda no centro e tem gente de todos os tipos. A moda acaba sendo até um retrato social, sócio-cultural, praticamente um veículo de comunicação. Quando mais diverso o lugar em termos de pessoas (diferenças de classes sociais, culturais, ideológicas) você acaba tendo isso refletido na roupa, no que veste, no modo como você anda. Mas o que o você veste, tem uma característica identitária muito forte.

Aproveitando a conversa sobre diversidade em São Paulo, com o foco na rua Augusta, a professora também fala:

Quando você frequenta um lugar, você tem mais ou menos as mesmas inclinações, é simpatizante de algum lugar, você gosta mais e as pessoas tendem a gostar de lugares específicos. Então, um grupo de pessoas que tem a mesma inclinação vai gostar lugares específicos e como isso dá o ‘experience’ (experiência) do lugar. O modo de como as pessoas se vestem também qualifica, da a atmosfera do lugar. A gente fala tanto de inclusão hoje e acaba sendo um espaço de inclusão por si só.

© Atena Comunicação e Criação

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